A recente entrevista da Presidente Dilma Rousseff a Jô Soares, tornou-se alvo de criticas, piadas e até do “enterro” simbólico do jornalista. Com tom ameno e até por muitas vezes com o seu deboche peculiar, Jô foi mais um mero expectador da Presidente.
Com perguntas sem grande expressão o que tornou a entrevista bem morna, Jô perguntou a Dilma como ela se sentia ao ser criticada por não cumprir suas promessas de campanha. A Presidente subiu ao palanque e defendeu sua posição dizendo que ainda são só 6 meses de mandato cumprido e que uma afirmação dessa não pode ser feita, defendeu ainda as reformas que vem promovendo e dizendo que momentaneamente estamos em crise e que o mundo também está.
Sem nenhum controle sobre a entrevista, restou a Jô Soares ouvir o discurso da Presidente às vezes com as suas interrupções que criavam “ganchos” para que a Presidente pudesse complementar o script. Perguntada se tinha o pavio curto a Presidente disse que é “uma mulher dura em meio a homens meigos”. Entre outros deboches durante 70 minutos de entrevista. Inclusive a troca do nome do apresentador pela Presidente.
Milhões de brasileiros gostariam de viver no Brasil País de Todos e fantasioso relatado pela Presidente. Caro Jô, você como jornalista, inteligente, homem de múltiplos talento, culto, viajado perdeu a oportunidade talvez de fazer a entrevista de sua vida e ir além desse script banal, comprado e mergulhado num cinismo politico. Sentimo-nos engabelados por promessas eleitorais e por um discurso hipócrita amparado pela indignação contra protestos do “Fora Dilma”. Vivemos numa democracia Jô, onde ainda podemos amparados pela Lei, nos manifestar com o nosso ínfimo descontentamento. Acredito também que não é necessário o linchamento moral da Presidente, mas acredito que de 12 para 13/06, podíamos ter ido dormir sem essa.
Ficamos ainda mais com o gosto do sabe como é: Em caso de dificuldades, arranque mais dinheiro da sociedade. Desejamos a Sra. Presidente que realmente nesse seu restinho de mandato que possa cumprir realmente com seus propósitos de salvar a nação e de torna-la igualitária para todos e que a Sra. conduza essa nação com a mesma cordialidade que o Jô conduziu a entrevista.
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