Iniciamos a semana com o “não” dá Grécia ao pacote de austeridade exigida pelos credores. Para entendermos, quando fala em economia, a austeridade significa rigor no controle de gastos. Uma política de austeridade é causada pelo nível do endividamento e é implementada através do corte de despesas: em benefícios sociais e em gastos do governo.
Obviamente quem sofre com esses ajustes é o povo. E aí é quase inevitável a comparação com situação vivida por nós aqui no Brasil, ainda que a economia grega seja minúscula, como dizem especialistas, quando comparada à brasileira. E pelo fato de o Brasil ser muito mais complexo socialmente do que Grécia. Ainda assim nos lembramos das promessas: manutenção de direitos trabalhistas e previdenciários. O que depois das eleições tornarem-se palavras apenas.
Ainda diante dos dias “sombrios” pelos quais o povo grego ainda deverá passar, 60% deles deram um voto de confiança aos seus governantes, enquanto aqui, a popularidade foi reduzida a um dígito.
Aqui, tanto quanto lá – Grécia – os mais jovens têm sofrido com o desemprego e segundo análise da votação no plebiscito foram esses mesmos jovens, as peças fundamentais nessa votação. Como acreditamos, inclusive, que também eles serão parte muito significativa nas eleições de 2018. Entretanto para os analistas do mercado, nesse caso perde a Grécia, perde a Europa, perde toda a humanidade.
Há muito ainda para acontecer e daqui seguimos acompanhando o desenrolar desse cenário que causa nervosismo nos mercados e dúvidas sobre os outros países endividados. Torcendo para que eles, bem como nós, consigam enfrentar esse longo inverno e aprender as lições necessárias para não cairmos novamente na armadilha das falsas promessas.
Confiança. Acredito ser essa a palavra que deve nortear todo esse processo. Quando confiamos em alguém ou numa instituição, há comprometimento. Pessoas e governos comprometidos podem e cobram responsabilidades de todas as parte envolvidas e quando todo mundo está alinhado em um único objetivo os resultados são os melhores. Afinal, confiança é a base de tudo.
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